domingo, 24 de maio de 2009

Túnel do Tempo: Jogos Olimpícos de Atlanta 1996 Parte IÍ - A Briga


O Brasil enfrentaria na semi-final a seleção cubana, o jogo foi no dia 01/08/96 as 23:00 (horário de Brasilia), foi um jogão, com alto nível técnico, apesar de tudo.
No primeiro set o Brasil não deu chance às adversárias com um saque fortíssimo e um bloqueio eficiente, e sem se importar com as provocações das cubanas o Brasil fechou em fácil 15/05.
No segundo set as cubanas vieram com tudo, sacando bem, bloqueando muito e provocando como sempre, o árbitro puniu com cartão amarelo Regla Torres (naquela época cartão amarelo, era somente advertência e não dava ponto ao time adversário), as brasileiras também provocaram muito, até Fernanda Venturini sempre calma, foi pra cima das caribenhas, nesse set Cuba venceu por 15/08.
Terceiro set, o Brasil começou jogando bem, Cuba logo equilibrou, as provocações de ambos os lados aumentava a cada bola virada, nesse set cartão amarelo para Ana Paula do Brasil e Miréya de Cuba.Mesmo com todo o nervosismo o Brasil conseguiu controlar os nervos e fechar a parcial em 15/10.
Quarto set poderia ser o último para o Brasil, mas Cuba não estava disposta a deixar isso acontecer, veio com tudo, as provocações eram muito agressivas, mas o árbitro fez vista grossa, o Brasil conseguiu empatar em 13x13 e teve a bola do contra-ataque para virar o jogo, mas Leila acabou bloqueada, 13x13 foi o máximo que o Brasil conseguiu, e Cuba fechou a parcial em 15/13.
set, tudo o que as brasileiras não queriam, com os nervos à flor da pele, o Brasil esteve sempre atrás no placar e com um bloqueio em Márcia , Cuba fechou a parcial em 15/12 e o jogo em 3x2.
Foi o inicio da guerra, assim que fechou o jogo, Miréya foi à rede e começou a gritar e bater na rede, Ana Moser foi até ela e com dedo em risti exigia respeito, Fernanda e Filó se aproximaram, enquanto Magali Carvajal tentava tirar Miréya na rede, Márcia invadiu o lado cubano e foi empurrada de volta, a confusão foi geral, até que o técnico cubano e o brasileiro conseguiram controlar a situação.
Festa cubana e choro brasileiro, estavam tão perto da final, agora iriam disputar o bronze.
Mas o confusão não acabou aí, na saída para os vestiários, as equipes se encontraram novamente, e recomeçou o bate-boca, Márcia jogou uma toalha no rosto de uma cubana. Na entrada dos vestiários Ana Pala foi atacada com um murros e pontapés de duas cubanas, o médico do Brasil ouviu os gritos e tentou separar a briga, as outras brasileiras que até então estavam no vestiário atraídas pelo barulho, foram ver o que estava acontecendo e quando vira m a cena, partiram para a briga também, Filó tomou a muleta de Hilma e acertou a cabeça de alguma cubana, a confusão foi generalizada, foi necessário a policia intervir e o caso acabou numa delegacia, onde foi prestada uma queixa de agressão contra Ana Paula, praticada pelas jogadoras de Cuba.
Foi um jogão que terminou de forma feia, onde em nenhum momento foi praticado o fair play.
"Pior que não saber perder, é não saber ganhar!"

2 comentários:

  1. Olá Rose. Estou lembrada desse jogo. Foi um vexame, uma baixaria. Infelizmente esse jogo deixou um gosto ruim em nossas gargantas e as meninas brasileiras acabaram não resistindo as provocações feitas pelas cubanas e se deixaram levar. O que é uma pena para o esporte brasileiro que já não é muito bem visto pelas pessoas. Obrigada minha amiga, por mais essa lembrança. Amei a foto e amei sua reportagem. Mirian.

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  2. Também lembro d+ desse jogo,como esquecer!As nossas meninas não suportavam as provocações da Cubanas,uma pressão psicologica que elas sabiam muito bem como usar.Lamentavel esse acontecimento.Sou totalmente contra qualquer tipo de violência, seja ela verbal ou fisíca!Mas,vamos e convenhamos...as nossa atlêtas aguentaram bastante as provocações das adversarias.Uma ótima lembrança Rose.Beijos

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